terça-feira, 4 de outubro de 2011

Andorinha.

E a Andorinha disse-me baixinho o seu nome, um assovio que fez cócegas em minha orelha, uma doçura mais doce que mel de abelha. Ah, que feliz fiquei ao saber o seu nome. Tanto ouvi por aí e por tantas noites duvidei. No frio me perdi, mas naquela Andorinha me encontrei. Nome bonito era o seu, que sorriso largo era o meu. Deu-me um amor que nunca encontrei, foi o amigo que tanto esperei. Mas a Andorinha tinha asas e por vezes precisava ir, voltava depois de alguns dias e era como se em breve não fosse partir. Cantava-me o seu nome, dava-me o que era. Chamava-se Felicidade, que bonita era ela…

De ti...

E eu hei de ser pedaços para que tu sejas resquícios e me complete. E eu hei de ser noite para que tu sejas Lua e me ilumine. Hei de ser eu, para que tu sejas você e me der de presente. Esperar-te-ei nessas tardes em que o Sol se esquece de acordar, nesses dias em que o frio da alma se junta ao frio do corpo e eu viro gelo. Mas não demore, não tardes a me encontrar, há uma necessidade do teu calor para que me derretas e me faça alguém outra vez. Pois se há tua ausência importunando-me, há uma falta de ser e um excesso de sentir. Sentir saudades, frio, necessidade (de ti). Vem. Fica. Não vai ter bolo, mas fica.