sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A ideia.

Seduz-me uma ideia com pés e cabeça. E corre entorno de mim, e pensa por mim. Ideia que emana do silêncio que faço e me faz esse quarto, essa casa, essa vida. Em murmúrio a ideia diz-me no ouvido o que ela é; depois me diz alto, depois me diz sem parar, cantando para que o mundo inteiro possa ouvir. A ideia quer que eu vá até a ti, pegue tuas mãos nas minhas e os teus lábios nos meus. A ideia quer que eu diga, diga tudo o que não posso dizer, pois não sei como dizer o tanto de coisas que necessito dizer. A ideia é amiga, mas é perigosa. A ideia é pequena, mas controla-me. Que faço para dizê-la não? Por que é mais fácil dizê-la sim?

A ideia me diz tantas coisas que me perco em tantos dos seus quereres, tornando-os os meus também. Eu e a ideia queremos uma valsinha entre nós no meio da sua sala, no silêncio e no escuro. A ideia ainda pede meus cabelos soltos para que girem com os nossos movimentos e um sorriso extasiado em seus lábios que me admirem e ame-me. A ideia torna-se minha coragem, minha coragem é nada mais que meu amor. Entrego-te ele para que cuide e jamais se esqueça de que não há ideia melhor que essa ideia de amar, de falar de amor, de tê-lo e dá-lo…

… Esteja nessa ordem ou não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário