sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Dos pedidos.

Anda, que hoje faz Sol!…
Depressa, que hoje faz vento!…

Vai abrir tuas asas, menininha. Vai ser feliz um tiquinho a mais. E ponha nesses lábios de risco um sorriso que lhe engorde os beiços, e destrance esses teus cabelos amarelos que é para a brisa por ele se apaixonar. Vai, vai correndo, de pés descalços, de braços esticados. De coração dizendo juramentos, que jamais deixará de bater se todos os dias tu fores assim. Passarinhe meu docinho. E voe com as folhas das árvores que vão para o leste e oeste, sem saber o que acontecerá assim que chegar. Seja macaquinhos que pulam de galho em galho, seja a Lua que aparece ainda te dia e faça todos olharem-na de olhos admirados.

Anda, que a vida hoje é amiga!…
Depressa, que o tempo se apressa!…

Vai logo menina, vai crescer a luz do dia, vai subir nas árvores e cantar uma música para aves, pois elas merecem ouvir teu canto, todo todo feliz! Não tema as alturas, não se esqueça de que há asinhas em tuas costas e elas estão doidas doidas para baterem. Vai, criança, se desloque daqui. Dessa casa miúda, dessa vida miúda, desses quereres miúdo. Seja gigante, plante feijões e espere o pé crescer. E plante na tua mocidade as melhores lembranças que da vida possa ter. Não poupe lágrimas, benzinho. Ao contrário, chore, chore sim. Pois se há algo nesse mundo que limpa tudo o que está sujo, é essa água que sai da gente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário