sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Oremos!

A oração dos amantes…

Benditas sejam essas palavras bem ditas. As que eu ouço… as que eu vejo… as que eu simplesmente crio. Palavrórios que sobrepõe o que ando sentindo e não sei mostrar com gestos, tampouco sei dar formas com triângulos ou retângulos, círculos ou quadrados. Benditas sejam as luzes que adentram onde não há sol, e ilumina o que anda necessitando de clarão. Benditos sejam os poemas feitos do súbito de uma ideia, numa hora inusitada que nos faz correr para prender o verso num papel antes que ele se vá. Benditos sejam os amores que veem e que vão, esses que nos fazem perder noites e ganhar dias com um olhar ou uma palavra dada e recebida. Benditos sejam aquilo que me rege, me segue, me deixa leve… Faz-me acreditar no amanhecer do outro dia. Benditos sejam os outonos e suas folhas suicidas, que quedam e folheiam todo o meu jardim outrora deserto. Benditos sejam os toques aveludados da tua voz em meu rosto, dizendo-me amores e curando-me as dores. Benditos sejam os poucos que muito me faz a seiva de bênçãos que levo nos bolsos, para dar vida às horas mortas, para reger uma leve música que quebre os silêncios doridos. E tudo o que me é abençoado, eu abençoo-os dando a ti. Para que tu sejas grato a essas graças eternas, e me gratifique com o teu amor bendito. Amém!

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