Essas noites de surdina
Mas, ó, esses quereres destemidos
E destemida, vou realizá-los no madrugar
É que fecho os olhos, amigo
No fechar desses olhos tudo tenho e tudo vejo
Como uma bela tragédia de felicidade!…
Ind’agora, o silêncio desse quarto fez-se nascer
Num sorriso que chuva nenhum desmancha
Que saudade alguma arranha
Que abrir de olhos nenhum o envenena
Sorriso esse dado com todo o amor
Como uma bela tragédia de felicidade!…
As faces das flores bordam-me as visões
As faces serenas, bonitas e plenas
As faces de quem não teme a razão
Vamos ladeados nesses caminhos
Ainda de olhos fechados, ainda com tudo nas mãos
Como uma bela tragédia de felicidade!
— La Belle Tragédie.
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