quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

(nessas tardes que invadem meus dias, as minhas tardes e os meus dias tu deverias invadir!).

Por mais incompreensível que seja, peço-te a tua vinda bendita. Eu te disse adeus naquele dia, disse e lembro-me bem, esse dizer não me deixa esquecê-lo. Mas esqueça-o. Não vale mais nada aquelas palavras, jamais teve valor algum. Se foi mentira, foi isso, apenas mentira. Há um você em mim que jamais outro alguém irá possuí-lo, há um você em mim que é meu, e assim é adorado. Há você em meus lábios e em tudo o que eles dizem, há você em meus olhos e em tudo o que eles veem. Se nas laranjas nuvens do crepúsculo estou atenciosa, não são as nuvens que eu olho de verdade, nesses olhos meus e teus eu vejo você. Assim faz-se da Lua a mesma coisa, esta que logo chegar para reinar. Tua redonda brancura traz-me seu rosto nessa visão, e os suspiros que meus lábios criam são como qualquer outra coisa minha, são teus.

Por mais enlouquecida que eu seja, compreenda-me, até mesmo se ainda for incompreensível. Volte, até mesmo se o teu adeus foi verdadeiro ao revés do meu. Deixe que as nuvens e a Lua vivam em paz, deixe-me deixá-las ser apenas o que são; assim, quem sabe, até louca deixo de ser. Só deixe-me ter o que quero e o que é meu e o que é preciso. Deixe-me tê-lo, que mesmo já te tendo dessas formas estranhas, tua ausência ainda está presente e ecoa em meu ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário