quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dos nomes que quero ter.

Hoje hei de chamar-me Laura, pois gosto do som que soa, gosto de sua rima sonora com áurea. Amanhã irei chamar-me Marília, mas o que é Marília? Uma mistura de Maria com Cecília? Oh, gosto de Cecília também, dar-me-ei esse nome qualquer dia!… Assim como um dia serei a verdade de Vera, o brilho de Elena, a sabedoria de Sofia, até a pureza de Inês. Serei todas elas podendo ser apenas uma, serei o que se esconde por trás do significado da junção de suas letras. E que meu ser chamado Ângela traga-me mensagens, e que Aurora amanheça minha alma, enquanto Ester torna-me a estrela mais jocosa do céu. Ana me dará seu ar cheio de graça, Clara me presenteará com o sorriso mais brilhante de todos, e juntas, Amélia e eu sofreremos. Lembro-me bem que certa vez fui à força de Carla, gostei tanto que fui ela mais algumas vezes. Da bondade de Ágata abusei apenas um dia, mas deixou-me a lembrança do que é sorrir fazendo sorrir. Mesmo não reconhecendo, todos os dias sou um pouco de Alice, aquela que protege e defende. De Samanta, ah, Samanta! Definitivamente é o que sou, pois algo nela parece viver forte em mim, mas ela não é forte; ela dá força com sua disponibilidade em escutar. Marina é uma raridade, Marina vem do mar e vai com o mar… Venho e vou com ela! Emília luta, nós duas vencemos. Eleonora é a iluminada com muita luz, e sua luminosidade ilumina-me também. De Amanda só quero o ser amada, de Anabela a sua justiça. Andressa, oh Andressa, dar-me a tua coragem, menina? Para ti Lilian, digo-te que teu lirismo eu invejo, e sou tu em dias que preciso desabafar.

Oh doce Monalisa, não se assustes se eu roubar a tua alegria nesses dias em que  me vejo submersa as tristezas da vida! E tu Isaura, vai deixar-me ser valiosa com o teu ouro? Se não, diga-me logo, pois buscarei na boa Hosana a minha salvação. Se esta recusares como tu, hei de ser Felícia para renascer das cinzas como uma linda Fênix. Mas se de todos os nomes que eu poder ser e de tudo delas que eu poder ter não poderá se eternizar, deixe-me ser o que sou. Com meus estragos, meus trapos, meus farrapos. Pobre da vida que já deve está cansada de tanto tentar fazer-me aceitar o que vejo na luz que reflete de um espelho, o que tenho pulsando em meu peito.

Hoje, na verdade, serei eu. E de mim serei amiga...

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