sábado, 26 de novembro de 2011

Salvatério.

Que não seja essência perdida
Que não seja desgraça que se acomode
Que não seja tragédia, fracasso, ruína
Que seja o que perdure
E se morre: que saiba suscitar das cinzas
Como Fênix, como ficção, como milagre
Que seja o alvorecer da insônia sombria
A luz que abriga o abismo dos mortos [em vida]
O querer que tem
E pouco quer, já que tem tudo o que quis…
… O amor que é amado!

Um comentário:

  1. Um encanto! Tanta delathe, quanto cuidado na construção dos versos, na escolha das palavras, ah! Escrever muitíssimo bem, senhorita. De verdade.

    Ninguém tem tudo que quer. Talvez alguém possa imaginar que tem tudo que queria durante alguns segundos, minutos, dias, um mês, no máximo. Depois, muda a forma de pensar e passa a querer mais. Ou talvez passa a vida inteira querendo e vê, somente no final da jornada, que poderia ter encontrado a felicidade com o que tinha.
    Deveríamos aproveitar o amor enquanto ele está ao nosso lado e não sair procurando outros quereres por aí. Qual querer iria nos satisfazer mais, se não o amor?

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