sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Em algures, sei que estou junto a ti.

Estamos juntos, num tempo perdido ou numa outra dimensão. Numa constelação ou num velho sonho de menina. Vosmicê não vê, mas eu vejo muito! Nossos pés que dançam sintonizados, nossas mãos que se unem ansiosas… Nós. Estamos juntos numa canção sem voz, num baile de máscaras com rostos visíveis, num coração pedinte de abrigo e não mais de ilusões. Eu vejo – ô se vejo! – o silêncio que não impede dizeres preciosos, que logo olhos tomam notas com palavras que não se escreve e nem se fala, se sente; com verdades que alegra até o coração mais casmurro. Vejamos nossas caminhadas pelos subúrbios da metrópole, os olhos de admiração de toda essa gente que nunca viu casal mais formoso como nós. Alegremo-nos com um chá na casa dum amigo, declaramos nossas alegrias numa conversa, causamos invejas nos que pouco dessas alegrias conhece. Em seguida, numa loja de flores, vosmicê faz uma parada e me compra um buquê. Alegro-me com sorrisos que quase alcançam o céu, e logo penso onde hei de pôr minhas lindas flores em nossa casa feliz. Vivemos entre harmonia e a mais límpida compreensão. Sem tropeços ou borrões, sem passado que assombre ou futuro que preocupe.

Em algures, sei que estou junto a ti.
Que Deus queira que não seja somente em minha imaginação…

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