Estamos juntos, num tempo perdido ou numa outra dimensão. Numa
constelação ou num velho sonho de menina. Vosmicê não vê, mas eu vejo
muito! Nossos pés que dançam sintonizados, nossas mãos que se unem
ansiosas… Nós. Estamos juntos numa canção sem voz, num baile de máscaras
com rostos visíveis, num coração pedinte de abrigo e não mais de
ilusões. Eu vejo – ô se vejo! – o silêncio que não impede dizeres
preciosos, que logo olhos tomam notas com palavras que não se escreve e
nem se fala, se sente; com verdades que alegra até o coração mais
casmurro. Vejamos nossas caminhadas pelos subúrbios da metrópole, os
olhos de admiração de toda essa gente que nunca viu casal mais formoso
como nós. Alegremo-nos com um chá na casa dum amigo, declaramos nossas
alegrias numa conversa, causamos invejas nos que pouco dessas alegrias
conhece. Em seguida, numa loja de flores, vosmicê faz uma parada e me
compra um buquê. Alegro-me com sorrisos que quase alcançam o céu, e logo
penso onde hei de pôr minhas lindas flores em nossa casa feliz. Vivemos
entre harmonia e a mais límpida compreensão. Sem tropeços ou borrões,
sem passado que assombre ou futuro que preocupe.
Em algures, sei que estou junto a ti.
Que Deus queira que não seja somente em minha imaginação…
Em algures, sei que estou junto a ti.
Que Deus queira que não seja somente em minha imaginação…
Nenhum comentário:
Postar um comentário