domingo, 11 de dezembro de 2011

Notas sobre o que sinto e sinto muito. Doença sem cura. Sem freios. Sem refúgios. Sem amor a mim mesmo, que ando perdida, perdida, pedinte… De amor igual.

Convém dizer que sinto muito. Deveras. Os piores sentimentos que cabem em meu peito, até mesmo os maiores e os mais inquietos. Sofro de abundância de quereres, esses que arranham a alma violentamente, ferem e corrói o que outrora era inteiro e intacto. E se não são quereres loucos, decerto são quereres que levam a loucura… Caminho que se vai sem volta, caminho que percorro todos os dias. Sinto muito, lamento por mim e por tudo, sinto muito. Só não te sinto aqui, é estranho. Todavia, meu querer por ti é tanto que não tarda e venho a enlouquecer, depois me perco em meio à loucura e perco o rumo também, sem saber aonde devo ir, sem saber se devo ir, afinal. Mas para onde eu vou, me diz? Onde é que você fica, me fala? Peço-te que me ensine o caminho do teu esconderijo maldito, mas você ri estranho e vira-me o rosto, já não posso ver a tua face… É cruel os teus métodos, anda atrasado o teu amor. Enquanto o meu te rodeia e te afaga, louco e bobo, o teu não aparece e nem me diz se existe ou não. O que eu faço? O que eu devo fazer? Continuar na espera fere-me mais, estou cansando e isso dói. A espera por ti é funda, mas é finda, mon monsieur? Eu questiono-me, questiono-me temendo resposta, mas anseio tê-la e anseio tê-lo. Não vê? Ó, você vê, vê sim! E por isso rir assim, com essa gargalhada inexplicável e misteriosa que eu tento decifrar e sufoco-me entre às interrogações acerbas. Nem isso tu dar-me, como és cruel!

E por que insisto afinal? Por quê? Não sei quem mais se esconde entre você e essas respostas que eu não tenho e tento ter. Vai ver os dois andam juntos por aí, a rir de mim com essa paixão desenfreada e desesperada que grita para Deus e o mundo ouvir que não se importa, fica e permanecerá ficando, coitada. Vai, a deixa sofrer um pouco mais, ela merece. Mas venha, não a faça sofrer muito, ela já sofre por demais. Tenha piedade, tenha compaixão, com paixão venha. Pois amo-te!… Ainda que seja loucura das grandes!

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